Atividade Física
Atividade Física
A atividade física é muito importante tanto na prevenção como no tratamento de muitas doenças. Seus benefícios se estendem desde o coração até os músculos e cérebro.
Coração e vasos: o exercício melhora a função dos vasos que levam sangue para os órgãos, causando melhora da circulação e redução da pressão arterial. Diversas pesquisas têm mostrado redução do risco de infarto.
Cérebro: a doença de Alzheimer é caracterizada por causar danos devastadores, limitando a vida da pessoa por determinar perda de funções cerebrais fundamentais como a memória, fala e outros. O exercício físico tem se mostrado uma arma fundamental na prevenção desta doença, reduzindo o risco de desenvolvimento e progressão da doença. Outro benefício para o cérebro esta na redução do risco de AVC (Derrame).
Glicemia: o exercício físico reduz o risco de desenvolvimento de diabetes por facilitar a ação da Insulina em colocar o açúcar para dentro das células. Para os que já são diabéticos, o exercício físico ajuda no controle da doença; assim o paciente necessita de doses menores de medicamentos para o adequado controle da glicemia.
A morte súbita é definida como um evento inesperado, com perda abrupta da consciência em até 1 hora após o início dos sintomas.
Ocorre geralmente em indivíduos sem sintomas relevantes, porém em quase 90% há uma doença cardíaca não diagnosticada previamente
Durante a atividade física, o atleta com a doença cardíaca pode desenvolver uma arritmia maligna e parada cardiorrespiratória, inesperada parada do funcionamento do coração e perda da consciência, que se não for revertida prontamente em alguns minutos evolui para a morte.
Nos atletas jovens com menos de 35 anos, as principais causas de morte súbita são as doenças cardíacas congênitas, aquelas presentes desde o nascimento mas que podem ser silenciosas ou só se manifestarem tardiamente.
Pode haver sintomas premonitórios como dor no peito, palpitações (“batedeira”), falta de ar e desmaio ou a primeira manifestação pode ser a morte súbita. As causas não cardíacas são mais raras, como a hipertermia (elevação importante da temperatura durante a atividade física) e a asma.
Naqueles com idade acima de 35 anos, a principal causa é o infarto agudo do miocárdio (popularmente chamado de ataque cardíaco).
Sim, pesquisas recentes mostraram que a avaliação pré-participação, ou seja, a avaliação médica realizada antes do início da atividade física associada aos exames cardiológicos, principalmente o eletrocardiograma, são fundamentais na detecção das doenças cardíacas que podem levar a morte súbita.
Esta avaliação, feita de forma criteriosa e por profissionais habilitados, é capaz de detectar a maioria das doenças que podem trazer complicações durante a atividade física e assim proporcionar que a atividade física seja com maior segurança.
Sim, o aparecimento de dor no peito deve ser considerada um sinal de alerta, principalmente se surgir ou piorar durante o esforço físico.
Pode ser de origem muscular, porém diversas doenças cardíacas graves podem ter como primeiro ou principal sintoma a dor torácica. A avaliação médica e alguns exames são fundamentais na diferenciação da causa da dor e seu correto tratamento.
É a perda transitória da consciência, denominado tecnicamente de síncope. Geralmente é súbita, de curta duração, com recuperação espontânea e total da consciência após alguns minutos.
Todo atleta que apresentar um desmaio ou sensação de que vai desmaiar deve parar de realizar a atividade física e relatar o sintoma ao seu médico para que a correta investigação da sua causa seja realizada.
Não, a principal causa de desmaio é a chamada síncope vasovagal, um tipo benigno de desmaio que ocorre frequentemente quando a pessoa fica muito tempo em pé, em ambientes quentes e sem ventilação, ou quando exposta a momentos de estresse.
Um reflexo do organismo é disparado e pode ocorrer queda da pressão e da freqüência cardíaca, levando ao desmaio. É uma causa benigna e não impede que o atleta continue a praticar o exercício físico após seguir algumas recomendações preventivas. Porém, algumas doenças cardíacas como a origem anômala das coronarias, miocardiopatia hipertrófica e a cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito podem causar desmaio e eventualmente este pode preceder algo mais grave como uma parada cardio-respiratoria.
Nestes casos, o desmaio ocorre geralmente durante a atividade física e pode ou não ser precedido de dor no peito ou palpitações. O diagnóstico correto é muito importante pois implica em afastamento das competições e tratamento da doença cardíaca.
A palpitação é um sintoma comum e pode ocorrer devido a diversos tipos de arritmias. Uma causa muito comum e benigna de palpitação é a extra-sístole, um batimento precoce, antes do tempo habitual, do átrio ou do ventrículo que pode causar uma sensação desconfortável ao paciente.
Este sintoma pode piorar nos momentos de estresse e ansiedade e na maioria das vezes não há necessidade de tratamento ou recomendações especiais para a prática dos exercícios físicos. Entretanto a palpitação pode ser a única manifestação de doenças cardíacas graves que aumentam o risco de morte súbita. Portanto, em caso de palpitações frequentes, consulte um médico para prosseguir a investigação.
Depende, algumas arritmias podem ser tratadas com medicamentos ou com um procedimento chamado de Ablação, realizado por um cateter que é introduzido pela artéria da perna e chega até o coração para eliminar o foco da arritmia.
O tratamento é eficaz e permite na maioria das vezes que a pessoa retorne a vida normal e possa continuar competindo normalmente. Porém há algumas doenças graves que causam arritmias e são incompatíveis com a atividade física competitiva, como a Miocardiopatia Hipertrófica.
A ergoespirometria ou teste de esforço cardiopulmonar é uma metodologia não invasiva que mede a capacidade do corpo de realizar as trocas gasosas, dando uma avaliação objetiva da capacidade e/ou limitação ao exercício físico.
Esta análise por sistemas computadorizados extremamente precisos e em tempo real, é realizada através do registro de importantes variáveis tanto metabólicas quanto respiratórias, tais como o consumo pico de oxigênio (VO2 pico), em ml/kg-1.min-1 e em l/min,consumo máximo de oxigênio (VO2 máx.) em ml/kg-1.min-1 e em l/min,dióxido de carbono (VCO2),em ml.min-1,ventilação pulmonar (VE),em l.min-1,freqüência respiratória (FR) em rpm, equivalente ventilatório de oxigênio (VE/VO2), equivalente ventilatório de dióxido de carbono (VE/VCO2), razão de troca respiratória entre a produção de dióxido de carbono e o consumo de oxigênio (VCO2/VO2), pressão parcial de oxigênio ao final da expiração (PetO2), em mmH.,pressão parcial de dióxido de carbono ao final da expiração (PetCO2), em mmHg, fração expirada de oxigênio (FEO2) em %, fração expirada de dióxido de carbono (FECO2) em % e razão entre o espaço morto funcional estimado e o volume corrente (Vd/Vt), enriquecendo sobremaneira e fornecendo uma compreensão mais ampla das respostas clínicas, eletrofisiológicas e hemodinâmicas indiretas proporcionadas pelo exercício físico progressivo e dinâmico, comparadas a ergometria convencional.
Esta metodologia também permite avaliar a dispnéia causada por problemas circulatórios ou ventilatórios, a capacidade física de indivíduos normais e de pacientes e estabelece de forma segura a orientação para a prescrição de exercício físico.