Infarto
Infarto
O infarto agudo do miocárdio (IAM), conhecido popularmente como infarto do coração, enfarte ou ataque cardíaco, é uma doença causada na maioria das vezes por uma obstrução nas artérias que levam nutrientes e oxigênio para o miocárdio (músculo do coração).
Esta região do coração que agudamente deixa de receber o fluxo sanguíneo evolui com sofrimento e morte das suas células, caracterizando o infarto agudo do miocárdio.
Conforme mostrado anteriormente, no IAM o que ocorre é a obstrução da artéria coronária que irriga o miocárdio. Esta obstrução é causada principalmente pela formação de uma placa de gordura na parede da artéria.
Diversas pesquisas nos mostraram que não é um fator isolado que causa o infarto na maioria das vezes, e sim a conjunção de alguns fatores que são denominados Fatores de Risco Cardiovascular. Quanto mais fatores a pessoa tiver, maior o risco de apresentar um IAM.
Obesidade, colesterol ou triglicérides elevados, tabagismo, hipertensão arterial, diabetes mellitus são os fatores que agridem as coronárias, ou seja, aumentam o risco de IAM. Os fatores que protegem as coronárias e assim reduzem o risco de IAM são: atividade física regular, colesterol HDL (“colesterol bom”) elevado, consumo de álcool (não acentuado), dieta saudável e outros ainda em estudo.
Sim, hoje em dia há algumas ferramentas que utilizamos para calcular o risco da pessoa vir a ter um infarto. Quanto mais fatores agressores e menos fatores protetores a pessoa possuir, maior o risco de infarto.
O importante é que se este risco for moderado ou elevado, há algumas medidas que possam ser tomadas individualmente para reduzir este risco.
Sim, muitos pensam que apenas os que têm colesterol elevado podem ter um infarto, mas como vimos acima o colesterol elevado é apenas um dos fatores de risco envolvidos na formação da placa de gordura.
O tabagismo, a pressão alta e o diabetes são outros fatores que frequentemente causam a formação das placas de gordura e podem levar ao infarto se não tratados adequadamente.
Não, consideramos que seja relevante e que aumente o seu risco de ter um infarto se seu pai ou familiar de primeiro grau apresentou IAM com menos de 55 anos e sua mãe ou parente de primeiro grau com menos de 65 anos.
Nestes casos este dado serve como um sinal de alerta, ou seja, é muito importante que você tenha um estilo de vida saudável, realize atividade física regular e controle seus outros fatores de risco para que seu risco de infarto não se eleve.
A dor no peito é o sintoma mais comum. A dor ou desconforto ocorrem geralmente no centro do peito, com características do tipo pressão ou aperto, de moderada a forte intensidade.
Geralmente, a dor pode durar por vários minutos ou parar e voltar novamente. A dor pode ou não irradiar para o braço esquerdo, pescoço ou para as costas. Sintomas como náuseas, vômitos, tontura, sudorese ou palidez também são freqüentes.
Infelizmente não, e isto traz alguns problemas. Em alguns casos, a dor do infarto pode parecer com um tipo de indigestão, queimação no estômago ou azia. Muitos pacientes permanecem em casa tomando remédios para o estômago e não vão ao hospital.
Pacientes com diabetes e/ou idosos podem ter infarto sem dor no peito, apresentando geralmente apenas náuseas, sudorese profusa (relata que suou tanto que molhou toda a camisa) e falta de ar.
Quanto mais cedo chegar ao hospital, maior a chance de vida. Portanto, recomendamos que quando surgir um dos sintomas acima descritos o paciente deve procurar o hospital mais próximo o mais rápido possível e avisar o seu médico.
O tratamento evoluiu muito nas últimas décadas e é extremamente eficaz. Atualmente a mortalidade de quem chega ao hospital com IAM é inferior a 10%, o problema é que muitos demoram para ir ao hospital, podendo retardar o tratamento ou infelizmente apresentar uma morte súbita em casa ou ao caminho do hospital.
O tratamento inicial é realizado ainda no pronto socorro com oxigênio e medicamentos para controle da dor e para tentar desobstruir a artéria acometida. Depois geralmente é indicado a angiografia (também chamado de cateterismo) para definir se há necessidade de outro tratamento com colocação de Stent ou cirurgia.