Arritmia
Arritmia
A arritmia significa uma alteração do ritmo normal do coração, produzindo frequências cardíacas rápidas, lentas ou irregulares. É denominada também como disritmia cardíaca.
Podemos classificar as arritmias de acordo com a freqüência do coração:
- a) Taquicardias: A freqüência cardíaca é maior que 100 batimentos por minuto
- b) Bradicardias: A freqüência cardíaca é menor que 60 batimentos por minuto
Dependendo do local de origem as arritmias podem ser classificadas em:
- a) Arritmias Supraventriculares: Aquelas relacionadas à parte superior do coração (átrios)
- b) Arritmias Ventriculares: Aquelas arritmias relacionadas aos ventrículos (câmaras inferiores do coração)
Nem sempre, algumas podem ser silenciosas e o médico pode detectá-las durante o exame físico ao palpar o pulso ou durante a ausculta do coração.
O sintoma mais comum relatado pelos pacientes são as palpitações, descrita como a sensação de que o coração está batendo mais rápido que o normal, mais forte ou de forma descompassada (irregular). Podem ocorrer tontura, palidez, fraqueza, falta de ar, dor no peito e desmaio.
Depende da arritmia, há arritmias benignas como as extrassístoles, que podem ser silenciosas e muitas vezes nem precisam de tratamento.
Outras são muito graves, como a taquicardia ventricular, que pode colocar a vida do paciente em risco.
Os sintomas que indicam gravidade são confusão mental, pressão baixa, dor no peito e desmaios. Caso ocorra algum desses sintomas, é necessário procurar atendimento médico de urgência.
O cardiologista irá, após a obter a história clínica e o exame físico, solicitar alguns exames complementares para auxiliar no diagnóstico.
O eletrocardiograma, teste ergométrico e ecocardiograma são os primeiros a serem solicitados, mas outros exames mais específicos podem ser requisitados, tais como o Holter de 24 horas, Ressonância do Coração, Cateterismo Cardíaco ou Estudo Eletrofisiológico.
Medidas iniciais simples e úteis são: diminuir a ingestão de álcool e cafeína, evitar o uso de estimulantes (descongestionantes nasais e alguns suplementos nutricionais) e parar de fumar.
Tratamento Medicamentoso: drogas que reduzem a freqüência do coração como os betabloqueadores e os bloqueadores dos canais de cálcio podem ser indicados. Em outros casos medicamentos com o objetivo de tentar eliminar a arritmia podem ser prescritos, como a amiodarona e a propafenona. Algumas arritmias, como a fibrilação atrial e flutter atrial, conferem ao paciente um aumento do risco de formação de trombos (coágulos) nos átrios do coração; para reduzir este risco pode haver a indicação do uso de anticoagulantes, medicamentos usados para “afinar” o sangue.
Cardioversão elétrica: consiste em um choque elétrico dado no tórax para restaurar o ritmo normal do coração, quando as medicações falham ou quando o paciente apresenta alguns tipos de arritmias e sintomas graves. É feita sob leve sedação (paciente dormindo).
Ablação por cateter: trata-se de uma cauterização por energia de radiofreqüência do tecido cardíaco responsável pela arritmia. Realizado através de cateteres introduzidos no coração.
